Sento-me diante da tela branca e nenhum desenho me vem. Tudo está embaçado. É o sono que me retira as idéias. Bom sinal. A noite há de ser tranquila e bem dormida, como deveriam ser todas as outras que assim se negam ser... O vazio de palavras que não me deixam encher o papel é o mesmo que apazigua a mente. O ócio deve ser mesmo a moradia do diabo, e o diabo é que agita a vida. Por outro lado, a labuta adestra entediosamente.
Entre um bocejo e outro, suponho recordar de um borbulhar de idéias que noutros tempos não cabiam numa só caixola. E agora, corpo e mente, cansados, neutralizam aquele "eu" subversivo. Domesticada, abraço o travesseiro e rendo-me ao envolvente Morfeu...